Neuroplasticidade: Como o Cérebro dos Alunos se Adapta com Sessões de Revisão Regulares

Um dos conceitos mais fascinantes da neurociência é a neuroplasticidade!


Este conceito mostra-nos que o cérebro tem uma incrível capacidade de se adaptar e mudar ao longo do tempo, formando novas conexões neurais como resposta a novas aprendizagens, experiências ou até mesmo lesões.


Essa flexibilidade permite que o cérebro esteja em constante adaptação a novas informações e desafios.


Quando transposto para a vida escolar, este conceito pode ser uma excelente ferramenta, desde que bem compreendido e aproveitado em prol do sucesso nos estudos.


Na prática, isto pode traduzir-se em dedicar 2 horas diárias a rever o conteúdo para consolidar a aprendizagem e fortalecer as habilidades cognitivas essenciais, como a concentração, a resolução de problemas e o pensamento crítico.


Claro que o tempo de dedicação dependerá sempre do perfil do aluno e do seu ano de escolaridade.


A neuroplasticidade é, por isso, fundamental para a aprendizagem, pois permite que os estudantes adaptem e melhorem as suas habilidades através da prática contínua. Agora vamos ver exemplos de como a prática regular pode levar a melhorias cognitivas:


  1. Concentração e Foco
    Sessões de revisão regulares ajudam a melhorar a concentração e o foco. A repetição contínua de tarefas específicas treina o cérebro para manter a atenção por períodos mais longos, reduzindo a distração e aumentando a eficiência do estudo.

  2. Resolução de Problemas
    A prática regular de exercícios e problemas complexos pode melhorar a capacidade de resolução de problemas. Esta prática fortalece as conexões entre diferentes áreas do cérebro, facilitando a integração de informações e a aplicação de estratégias de resolução de problemas em situações novas.

  3. Pensamento Crítico
    A revisão diária de conteúdos e a análise crítica de informações desenvolvem habilidades de pensamento crítico. O cérebro torna-se mais apto a avaliar, analisar e sintetizar informações, promovendo uma compreensão mais profunda e flexível dos tópicos estudados.


As sessões de revisão devem ser planeadas de forma a maximizar os benefícios da neuroplasticidade.

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Conclusão

A neuroplasticidade é um conceito incrível que nos ajuda a maximizar o potencial de cada aluno ao longo do seu percurso escolar, quando são aplicadas as ferramentas e estratégias certas, adequadas ao seu perfil individual.


Ao compreender e aplicar este conceito, a experiência educativa é transformada, proporcionando uma base sólida para o sucesso escolar e pessoal do aluno.


Referências:

  1. Draganski, B., et al. (2004). Changes in grey matter induced by training. Nature, 427(6972), 311-312.
  2. Ericsson, K. A., et al. (1993). The role of deliberate practice in the acquisition of expert performance. Psychological Review, 100(3), 363-406.
  3. Rohrer, D., & Pashler, H. (2007). Increasing retention without increasing study time. Current Directions in Psychological Science, 16(4), 183-186.
  4. Zatorre, R. J., Fields, R. D., & Johansen-Berg, H. (2012). Plasticity in gray and white: neuroimaging changes in brain structure during learning. Nature Neuroscience, 15(4), 528-536.